quarta-feira, 16 de julho de 2014

E o seu nome é Jonas - Ótimo Filme

Um comentário:

  1. O filme relata a história de um menino que foi diagnosticado erroneamente com retardo mental, quando na verdade era uma criança surda que possuía sua capacidade cognitiva preservada, mas que deveria ser estimulada e para tal precisava adquirir uma linguagem.
    Quando a família descobre o verdadeiro diagnóstico de Jonas, retira-o da instituição para deficientes mentais em que foi internado e o leva para casa, mas não sabem como lidar com o menino. Ao buscar uma escola para surdos a mãe de Jonas é orientada a não permitir que ele use gestos para se comunicar uma concepção oralista que para Jonas não teve resultados, sem muita informação e angustiada a mãe passa momentos difíceis. O preconceito e a falta de orientação sobre o assunto dificulta a relação com a família principalmente com pai que não entende e acaba fugindo, separando-se da família.
    Com a morte do avô, pessoa com quem Jonas mais se relacionava, passava seus melhores momentos e sentia feliz, começou a se sentir solitário e sentir-se excluído cada vez mais.
    Através da mãe de outra criança surda, a mãe de Jonas descobre que a utilização de sinais é defendida por outras correntes de ensino para surdos e visitou um espaço em que surdos interagiam através da língua de sinais, assim consegue entender a importância da língua de sinais para o surdo, e se opõe a escola oralista que seu filho frequentava.
    Depois de tudo que Jonas passou, não entendendo e principalmente sentindo a perda do avô, Jonas passa a se sentir sozinho e parece que nada mais fazia sentido em sua vida, por isso quando Jonas compreende a relação dos sinais em libras com os seus significados é comovente, pois nesse momento sabemos que ele poderá expressar com autonomia suas vontades, aspirações, afetividade e compreensão sobre conceitos abstratos, como a morte do seu avô. Jonas foi matriculado em uma escola de surdos que utilizava a Língua de Sinais, e ao perceber que as outras crianças eram parecidas com ele, se comunicavam entre si, ele volta a se sentir feliz e com vontade de aprender cada vez mais.
    Apesar de o filme retratar os anos 70 ainda encontramos muitos Jonas nas nossas escolas em pleno 2014, quase 40 anos depois, a educação inclusiva não significa, apenas que o aluno com necessidades especiais tenha acesso a escola, mas principalmente, garanta condições de aprendizagem, desenvolvimento social, cognitivo e afetivo, e assim exercer seus direitos e cidadania.

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